Com o efeito, de tinta e sonhos, que é feita minha voz...

domingo, 14 de outubro de 2012

Quero ser um pouco mais criança!



Havia um tempo em que tudo era tão lindo,
eu tinha mais que muito mais que muito mais que muitos amigos.
Naquele tempo era tão simples ser feliz,
só precisava de umas tampinhas de garrafas e uns pedaços de giz
ou de dois lápis ou canetas para lutarem entre se.
Eu tinha todos os poderes dos heróis,
naquele tempo era tão simples ser feliz
e desses tempos o que ficam são lembranças.
Eu quero mais é ser um pouco mais criança.
Brincar de banhar-se na chuva,
aproveitando a torrente d’água, que escoa ao bueiro,
para fazer corridas com barcos de papel ou folhas miúdas.
Correr por correr ou por ter tocado as campainhas dos vizinhos de rua.
Fazer guerras, de coceguinhas, travesseiro, bolinhas d’água ou de papel.
Procurar e criar criaturas nas nuvens do céu,
girando pra ficar tonto e vez em quando até cair.
Naquele tempo era tão simples ser feliz.
Não me importava em ser  somente mais um
entre os muitos meninos amarelos,
que com tampas de panelas em mãos,
pela casa, pernas pra que te quero.
Eu quero mesmo é ser menino,
Preservando minha perpétua candura mesmo depois de crescido.
Sem maldades ou meias verdades, sem juízo.
Quero de minha infância livrar-se para prende-la comigo
E aprender lá com ela, que é tão simples ser feliz.
Revivendo e vivendo, trazendo sempre em se,
A eterna criança que orbita e habita em mim.
Naíbe Avelino

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